terça-feira, 2 de outubro de 2007

Quando desistir é mais fácil

No dia a dia conheço várias pessoas e equipes, não é incomum encontrar algumas simplesmente atoladas em problemas. É como se estas pessoas estivessem no fundo de um poço, em uma parte tão funda, que a luz do dia simplesmente não as alcançassem. E assim é com os problemas que estas pessoas enfrentam no dia a dia, como um poço. Do lado de fora dos problemas é mais simples poder observar e achar soluções, rápidas e eficazes, mas, algumas vezes estas pessoas estão tão atoladas e presas em seu mundo de problemas que não conseguem perceber as coisas boas a sua volta, não conseguem ver a saída bem a sua frente, ou o quanto conseguiram se erguer e sair do “poço”. Nesta semana me deparei com uma situação no mínimo diferente. Imagine alguém dependurado em uma corda em um precipício, com o vento balançando o corpo de um lado para o outro e no fundo deste precipício, várias rochas pontudas. A queda significaria a morte por certo, então, nosso personagem começa a juntar forças, braçada a braçada ele começa a erguer seu corpo, uma, duas, três braçadas. Então vem o cansaço e o desânimo, ali no precipício, dependurado, o personagem resolve parar, isso, simplesmente ele para, olha para cima e resolve cortar a corda que o sustenta. Por mais louco que possa parecer, no momento para ele é mais fácil cortar a corda do que continuar “sofrendo” os argúrios da subida. Não importa o quanto progrediu, não importa sua meta de sair da difícil situação, o que lhe interessa é o alívio imediato, custe o que custar e num ímpeto ele corta a corda que sustenta seu corpo...
Pode parecer drástico, trágico ou outro nome que você queira definir, mas é isso o que acontece quando as pessoas simplesmente desistem de sua meta para ter um alívio imediato, interrompem o projeto que estão desenvolvendo por um alívio imediato e supérfluo.
É interessante como as situações vão se desenhando dentro da óptica da filosofia Go Fast!, quando comecei este trabalho não podia imaginar que iria presenciar tamanha diversidade de situações, das mais complexas até as mais simples, mas todas com uma coisa em comum; soluções bem à vista que não são percebidas.

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